terça-feira, 12 de outubro de 2010

Análise (parcial) do livro de Antoine de Saint-Éxupery: "O Pequeno Príncipe"

A descrença na imortalidade da alma ou espírito transforma essa vida em uma viagem sem sentido


No livro, a raposa ensina ao Pequeno Príncipe a importante lição de que as

coisas só ganham sentido quando se conhece a amizade.

O Pequeno Príncipe compreende que apesar de o mundo ter milhares de rosas,

a rosa de seu planeta era única, pois somente ela era mantenedora de seu

amor, de seu afeto.

É estranho conceber que o processo de individuação não esteja ligado única

e exclusivamente ao próprio sujeito que busca este estágio, mas tornar-se

individuo só é possível quando existe o outro. Não é possível ser único, se

não for para alguém.

Voltando à lição da raposa, ela diz: “O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS”.

A individualidade se faz nas pequenas coisas, nos detalhes que muitas vezes são esquecidos. É através do afeto direcionado ao objeto que faz com que ele se torne diferente dos demais objetos.
Um jeito de sorrir, um pequeno defeito, ou mesmo uma mania apaixonante são os reais responsáveis por que o sujeito possa ser então, considerado único.
Do contrário, sem estes atestados de afeto tão simples e quase imperceptíveis, todo o resto seria desperdiçado e o indivíduo não passaria de mais um entre muitos. Como diz o Pequeno Príncipe,

 “O QUE TORNA BELO O DESERTO É QUE ELE ESCONDE
UM POÇO EM ALGUM LUGAR”.

 Quando ganhamos um presente, ele carrega o sorriso de quem o deu, a expectativa no desembrulhar. Se fosse somente o presente em si, este não seria nada além de uma casca.
Poucos são os capazes de desfrutar destes pequenos detalhes, a maioria acaba acreditando que estas cascas são o conteúdo que buscam. Nunca encontrarão felicidade, viverão nessa eterna busca que não chega a lugar algum. Mas sobre isso, prefiro que o próprio Pequeno Príncipe dê seu conselho:


“_ Os homens de teu planeta cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim... e

não encontram o que procuram...”.

“_ E, no entanto, o que eles procuram poderia ser encontrado numa só rosa,

ou num poço de água.”

“_ Mas os olhos são cegos. É preciso ver com o coração...”.

(Fonte: Marcelo Marchiori)

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